
Poucos nomes na música gaúcha alcançaram a dimensão e a força de José Cláudio Machado. Dono de uma das vozes mais marcantes do nativismo, ele deu vida a canções que se tornaram hinos para quem carrega a tradição no peito, sua interpretação profunda, sempre carregada de sentimento, ajudou a projetar o movimento da música regional rio-grandense para além das fronteiras do Estado.
O detalhe que nos enche de orgulho é que Zé Cláudio nasceu em Tapes, isso mesmo, é daqui que saiu esse talento que marcou gerações e se firmou como referência na preservação da identidade gaúcha. Não é exagero dizer que cada acorde dele traz um pouco da nossa terra, do vento da Lagoa dos Patos, as enchentes nos campos tapenses e da alma campeira que respira nesta cidade.
Em reconhecimento a esse legado, desde 2024 Tapes ostenta um monumento de 4 metros de altura na entrada do Parque de Eventos que leva o nome do cantor. Não é apenas uma obra de arte, é um símbolo de pertencimento, um marco que anuncia a todos que chegam que esta é a terra de José Cláudio Machado, um convite à memória, à música e ao turismo tradicionalista.
Tapes, portanto, não só celebra o artista, mas assume como parte indissociável de sua própria identidade. E, no mês Farroupilha, essa ligação ganha ainda mais força, reafirmando que tradição também é orgulho de origem.